sábado, 26 de abril de 2008

O rato não roeu a roupa do rei de Roma (até o último pedacinho)


O rato roeu
o manto e a coroa,
o trono e a pompa
das filhas do rei.
Roeu o aplique da Rapunzel,
mordeu a isca da sereia Ariel.
Roeu o colchão da Princesa e a Ervilha,
da Cinderela, o salto e a palmilha.

Roeu o capuz da Chapeuzinho
e o olho-mágico dos Três Porquinhos.
Roeu o país de uma enlouquecida,
e o despertador da Adormecida.
(Alice, a curiosa menina brejeira
e a dorminhoca que não era feia).

Roeu o coração da Rainha de Copas,
passou bem longe do Gato de Botas,
roeu a maçã da bruxa malvada
antes da Branca cair desmaiada...
Roeu a Roupa Nova do Imperador,
e o trem de pouso do tapete voador.

Lambeu a unha do Pequeno Polegar,
do príncipe encantado, espuma de barbear.
Mas o rato saiu mais forte do que nunca,
depois de roer tanta coisa junta:
roeu veneno,
roeu as horas,
roeu chulé
e um colchão de molas!

O rato roeu
os contos de fadas,
o queijo-do-reino
e o castelo vizinho.
Acabou por roer
pirlimpimpim!
Fez muitos amigos;
caiu no mundo!
O rato e o Flautista
de Hamelin!

Um comentário:

Anônimo disse...

Muiitoo legaal mesmoo !