Uma vez uma colega me disse: “Bom, pelo menos, andando de ônibus, você sempre terá a chance de encontrar um milionário excêntrico que justamente naquele dia resolveu deixar o Porsche na garagem...”
Isso nunca aconteceu comigo, mas quem sabe, hoje pode ser seu dia de sorte! Não é conto da carochinha não, essas coisas existem mesmo. Olhe só:
Antonio Ermírio de Moraes, um dos homens mais ricos do Brasil, até pouco tempo atrás andava pelas ruas de São Paulo num Santana caindo aos pedaços. Reclamava com sua esposa sobre o valor da conta de luz e dizia que voar na primeira classe não fazia o passageiro chegar mais rápido do que se estivesse na classe econômica. Muito pelo contrário, assim, ninguém iria pra frente.
Outro exemplo é o Barão de Rothschild (se não me engano o quarto da geração dos Rothschild), banqueiro britânico, que há alguns tantos anos poderia ser facilmente encontrado circulando pelos vagões do metrô de Paris.
Para dar mais credibilidade ao assunto e vocês não acharem que é invencionice minha, segue na íntegra uma matéria que saiu na Folha de São Paulo em 08/11/2007:
Cansados do luxo, milionários russos pagam para viver como pobres
da France Presse, em Moscou
Cansados do luxo, milionários russos estão buscando divertimentos mais exóticos, como andar disfarçados de músicos de rua na Itália ou de vagabundos pelas esquinas de Paris.
Esquecer do estresse saltando de bungee jump é considerado "muito banal", e pagar US$ 500 mil para realizar uma festa em um lugar remoto já não chama tanto a atenção dos ricos, segundo Mikail Gorchikin, que é diretor da empresa Russian Event Company.
Para encontrar "sensações mais fortes, os milionários estão preferidos disfarçar-se de pobres". Empresários, deputados, altos funcionários e suas mulheres gastam até US$ 10 mil dólares por pessoa para passar uma noite em Moscou como garçons, motoristas de táxi ou vagabundos, afirmou Serguie Kniasev, presidente do "Clube Lúdico".
Os jogos, organizados na mais absoluta discrição, mas com grande quantidade de recursos, para garantir a segurança dos clientes e criar uma aparência verossímil, "possuem muita demanda", explicou Kniasev.
Dezenas de clientes ricos do "Clube Lúdico" já passearam "disfarçados de vagabundos em Paris, músicos de rua em Veneza ou motoristas de ônibus em Genebra", contou Kniasev, assinalando que essas pessoas desejam, acima de tudo, manter sua identidade oculta.●
Ah! E falando em excentricidades, também não posso deixar de mencionar o mendigo do filme “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” que recusou uma esmola num domingo porque neste dia não costumava trabalhar: Merci, madame, je ne travaille pas aux dimanches.
O mundo de Caras que me perdoe, mas para ser chique, simplicidade é fundamental...
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